segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Skate de A a Z - Steve Caballero

Lenda viva do skate mundial, Steve Caballero é dono de um estilo sobre o carrinho inigualável. Seus aéreos são suas marcas registradas e o mais famoso deles é "Caballaerial". ídolo de uma geração, Steve começou a andar de skate em 1976 e segue até os dias de hoje, impressionando sempre por sua precisão e versatilidade.

Fabiano Rodrigues : Skate e arquitetura


anthony luke's not-just-another-photoblog Blog: Fantastic Skateboarding Self-Portraits by Fabiano ...: Fabiano Rodrigues was born in Santos, São Paulo, 1974. He approached photography through skateboarding, first appearing in photographs as ...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

terça-feira, 30 de julho de 2013

DETROIT COLLAPSE - El Tigre visita o EASTOWN THEATRE em 'cartinha' para Ricardo Setti

East Town Theatre V.J. Waiver 1930-Detroit

por LesPaul Corvette


Prezado Setti, escusas pelo extenso... but, diante da refalada decadência de Detroit e estando em Chicago há um ano, resolvi dar um 'pulo' para ver de perto a história da tal decadência e para levantar um pouco da história do Eastown Theatre (última foto de seu post Ricardo Setti - VEJA), cinema dos anos 20 (1926 – 1930) que recebeu uma tonelada de grandes nomes do rock'roll a partir do final dos 60. 

A idéia era colocar em Detroit El Tigre, mi perro falopero, um cão-danado-gente-boa que vive como motorista de celebridades em LA, desde tempos imemoriais. E de lá, contar alguma das histórias que 'narramos' no blog chamado maisbarulho. Desde os 60 o cenário já era devastador. A chegada de 1967 marca o início do fim do belíssimo teatro, até então uma mistura de estilos clássicos em que no seu interior predominava o estilo barroco, com uma abóbada dourada, uma belíssima escada de mármore importado provavelmente da Itália levando ao mezanino. 

A indústria automobilística ainda não havia apontado o bico de sua trajetória para baixo, os 'japoneses' ainda não haviam conquistado os corações (bolsos) americanos, mas a região do teatro já era barra pesadíssima, aliás, na cidade já rolava de tudo. De LSD a heroína fake. Vários casos de overdoses são encontrados ao longo destes quase 100 anos. E assim, a casa de 2500 lugares que abrigou cinema, teatro e até igreja, outrora refinada por lustres exóticos, bustos, tapeçaria emoldurados por um grande arco do proscênio, tudo admirado por artistas e espectadores, veio atravessando os anos até a débâcle prenunciada. Desde os Anos 20 Detroit era coroada por grandes cinemas - no lado oeste tinha o Grand Riviera; no sudoeste a Hollywood; o norte a Uptown. Porém, no lado leste, o Eastown que aparece decrepito, abrigou ícones do calibre do The Who, Yes, Fleetwood Mac, Faces, Jefferson Airplane, Cream, Steppenwolf, King Crimson, James Gang, Rush, J. Geils Band and Joe Walsh Vale, Alice Cooper, dentre outros. Rolava de tudo na 8041 HARPER AVE., DETROIT, MICH.
Sugiro se tiver tempo e interesse, uma lida neste link pinçado no Detroit.Org: http://historicdetroit.org/building/eastown-theatre/  

quinta-feira, 11 de julho de 2013

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Um Banquinho, Um Violão, João Gilberto, Muita Porrada e Rock'n Roll

Da Série “El Tigre e Suas Epístolas de Los Angeles”, por LesPaul Corvette

Hally Rows é o codinome que o guitarrista de uma famosa banda de rock utiliza para tocar e cantar sozinho na borbulhante cena de Los Angeles. Sempre que não esta em tournée descansa nas encostas de Malibu e faz apresentações outsiders de Santa Monica a Long Beach. Porém, Hally de regra chega nos locais em que se apresenta a milhões, quando não a zilhões. Lembra muito ao Poeta, estimado biritum da praia dos Ingleses que metade do ano passava sóbrio, trabalhando pesado nas fainas do mar, embarcado em pesqueiros por meses nas águas geladas do Atlântico Sul.  Bem, os outros seis meses eram obnubilados pela cachaça, sua parceira predileta e companheira inseparável.

Voltando a Los Angeles, Hally Rows chegou nesta ultima segunda-feira num daqueles clubes pontificados nos arredores do Kodak Theater tal e qual o Poeta em tempos de férias. Pediu para El Tigre, meu perro amigo falopeiro ajudá-lo com o PA de retorno do som, o set de pedais de efeitos e o violão Gibson jumbo. El Tigre, mi perro loco e grande amigo, cadelo chapadão que faz uns bicos como motorista de celebridades há décadas em LA conhece todo mundo. Dos porteiros dos piores muquifos aos presidentes dos maiores estúdios cinematográficos. Já fez incontáveis participações e pontas. Dublou Rin Tin Tin em cenas fabulosas. Fez pontas em Magnum, quando morou no Hawaii. Transou com atrizes famosas e aspirantes a celebridade fizeram o teste do sofá no banco de sua velha camionete. Diz que é um Hitchicock aos que desdenham de suas incursões em filmes que inclusive ganharam o Oscar, aludindo às aparições passageiras do mestre do suspense em suas renomadas películas.

Pois, bem, como El Tigre conta, segunda-feira é dia pra profissionais. E lá estava ele no balcão com um Campari com suco de toranja, uma laranja amarga mexicana, curando a ressaca do final de semana. Hally Rows seguindo o tonitruante barulho de um latão de lixo virado entrou pela porta dos fundos do bar. - Hi, my friend. - Hi Row, respondeu El Tigre.

A notícia que o guitarrista estaria ali naquela noite trouxe mais gente que o usual ao Barney's, boteco de um troglodita gente boníssima que apenas espiou a chegada de Hally com o canto de seu olho bom. Nós nos conhecemos quando El Tigre e eu dirigimos até Chicago um dos caminhões da mega turnê de 1975 do Led Zeppelin. Barney fazia com seus quase dois metros o serviço pesado e, bem, Hally estava na ribalta. Estávamos agora os três novamente juntos.

Mas a coisa desandou já na segunda canção. Com a voz pastosa, Hally, parafraseando João Gilberto respondeu ao gorila da primeira mesa que ensaiara um chiste: - vaia de babaca não vale. João havia soltado em um show que vaia de bêbado não vale. Pois bem ou, pois mal, um rastilho de pequenas vaias se espalhou nas primeiras mesas e, Hally de sua incontinência psicodélica vituperou:


- porra Barney, não sabia que você tinha reservado os melhores lugares de seu bar pra todos os babacas da cidade dos anjos e dos pecados. Um átimo de silêncio precedeu um quebra-quebra de cinema, afinal, estamos em Los Angeles a poucas quadras da Calçada da Fama. O chefe da Central de Polícia era um ex-dublê com quem El Tigre trabalhou em The Six Million Dollar Man, série em que Lee Majors viveu um ciborgue ou homem biônico entre 1974 e 1978. Mas a liberação dos encrenqueiros e o papo dos bastidores de Hollywood com o capitão da chefatura ficam para um próximo capítulo.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Mamute preservado por 15 mil anos

Russians Recover Fresh Flowing Mammoth Blood



About 15,000 years ago, an old female wooly mammoth plunged through the ice as she was being chased by predators. Her remains have now been uncovered by scientists working in Siberia. And remarkably, as they were digging it out, blood began to stream out - wich is weird given that it was 10° below freezing.
It’s not known if the blood or tissue samples contain living cells required for cloning. And even if such cells are recovered, the DNA repair would require a very complex process that could take years. A report is expected later this July.
The beautifully preserved specimen was discovered partially embedded in a chunk of ice at an excavation on the Lyakhovsky Island, the southernmost group of the New Siberian Islands in the Arctic seas of northeastern Russia.
The mammoth’s lower portions, including the stomach, were locked in the ice for the past 10,000 to 15,000 years. Its lower jaw and tongue were also recovered; the trunk was found separately from the carcass. The upper torso and two legs were preserved in soil and show signs of being gnawed upon by both prehistoric and modern predators.
Semyon Grigoriev, head of the Museum of Mammoths of the Institute of Applied Ecology of the North at the North Eastern Federal University, is calling it “the best preserved mammoth in the history of paleontology.”
During the excavation, and as the researchers were chipping away at the ice, they noticed splotches of dark blood in the ice cavities below the mammoth’s belly. When they broke through with a poll pick, blood started to flow out.
“It can be assumed that the blood of mammoths had some cryo-protective properties,” noted Grigoriev. Mammoth blood, it would appear, contains a kind of anti-freeze. This is consistent with work done by Canadian geneticists who in 2010 showed that mammoth hemoglobin releases its oxygen much more readily at cold temperatures than that of modern elephants.
In addition to the blood, the paleontologists also recovered well-preserved muscle tissue. The scientists say it has a natural red color of fresh meat. The blood is currently undergoing a bacteriological analysis, and the results are expected soon.
Based on the preliminary evidence, the scientists say the female wooly mammoth was anywhere from 50 to 60 years old and weighed about three tons. They theorize that she was trying to escape from predators when she fell through the ice, or that she got bogged down in a swamp.

sábado, 4 de maio de 2013

Puristas e Xenófobos, Diríamos Uma MERDA se Led Zeppelin, Black Sabbath ou Deep Purple desandassem a fazer adaptações de Cartola ou Noel


Sambô e companhia: um atentado ao rock (e ao samba)

'Sangue Bom', a nova novela das sete da Globo, traz na abertura uma versão apagodada de 'Tempos Modernos', de Lulu Santos, e alça de vez ao estrelato uma brincadeira que tortura ouvidos ao misturar sem critério rock e samba

Carol Nogueira
O grupo Sambô, que emplacou releitura sambada da música Toda Forma de Amor, de Lulu Santos, na abertura da novela Sangue Bom, da Globo
O grupo Sambô, que emplacou releitura sambada da músicaToda Forma de Amor, de Lulu Santos, na abertura da novelaSangue Bom, da Globo (Divulgação)
Desde a última segunda-feira, quem liga na TV Globo pouco depois das sete da noite escuta uma mistura improvável na abertura da novela Sangue Bom. Sacudida por batidas de samba, a faixa Toda Forma de Amor, lançada por Lulu Santos em 1988, ressurge em versão pontuada de agudos – os agudos do vocalista do Sambô, grupo que se tornou conhecido por fazer releituras de clássicos do pop-rock com pitadas (para não dizer patadas) de samba. O horário nobre da televisão foi o último terreno conquistado pela mistureba musical, que já vem pautando o repertório de outros conjuntos, todos parte de um filão que não para de crescer e de vender discos. Além do Sambô, formado em 2006, há derivados como o Oba Oba Samba House e o Rio Samba ‘n’ Roll, ambos com pouco menos de três anos de carreira.
LEIA TAMBÉM: Sangue Bom, a Malhação das sete

"Começou como uma brincadeira. Somos todos músicos, mas de outros estilos. Um dia, estávamos no aniversário de um amigo e abrimos uma roda de samba”, conta o vocalista do Sambô, o roqueiro Daniel San – o nome que, sim, é igual ao do filme Karatê Kid, é apelido de infância. Segundo ele, o grupo agradou e passou a ser chamado para animar outros aniversários e festas, e o negócio sem querer foi ganhando corpo. “No início, era só para tocar em festas, mas tivemos muita procura, então largamos tudo e agora fazemos só isso”, diz. Hoje, o grupo faz de vinte a trinta shows por mês, e conta com mais de 200.000 cópias do CD e DVDEstação Sambô, lançado no fim de novembro pela Som Livre (vale dizer: da Globo), vendidas. Não há amor pela música que faça alguém desprezar números tão vistosos.
A história do Oba Oba Samba House, que também já emplacou uma faixa em novela da Globo, a autoral I Love You Baby na trilha da novela Salve Jorge, é parecida. “Somos músicos de samba há treze anos e amigos há ainda mais tempo. Há uns três anos, gravamos de gozação uma versão de Otherside, do Red Hot Chilli Peppers, em versão samba, e ela estourou no YouTube”, conta o vocalista, Luciano Tiso. O grupo acaba de lançar o segundo CD pela gravadora Sony, #navibe, e segue uma agenda de cerca de vinte shows por mês.
Marketing viral -- A internet é a principal ferramenta de marketing dessas bandas. “Um amigo publicou um vídeo nosso tocando uma versão de Rock and Roll, do Led Zeppelin, e ele teve muito acesso. Hoje, conta mais de 40 milhões de cliques”, diz Daniel San, do Sambô. Os vídeos do Rio Samba ‘n’ Roll, que começou em 2010 com versões sambadas de canções de bandas como Maroon 5, Adele e Guns n’ Roses, também tem milhares de visualizações. As prévias do primeiro DVD do grupo, que sai neste mês, alcançaram até 5.000 acessos em noventa dias.
Ainda no Rio de Janeiro, o Bloco do Sargento Pimenta, criado no Carnaval de 2011 para fazer releituras de músicas dos Beatles (o nome é uma referência ao disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band) com ritmos brasileiros como samba, maracatu e xote, tem feito tanto sucesso que neste ano atraiu mais de 100.000 foliões. “Tínhamos receio de fazer John Lennon se revirar no túmulo. Se eu ouvisse falar que um grupo estava transformando canções dos Beatles, ficaria com um pé atrás. Mas as pessoas gostam do que a gente faz”, diz Felipe Fernandes, um dos fundadores do bloco.

Ele tem razão: é frágil a linha que separa a brincadeira do mau gosto. Se entendidas como uma brincadeira, algumas leituras podem até ser perdoadas. Mas alguns casos, ainda que encarados como gozação, agridem os ouvidos e a boa vontade. Como aguentar, por exemplo, uma canção como Sunday, Bloody Sunday, do U2, que trata de um massacre na Irlanda, em ritmo de samba de gafieira? Essa, aliás, parece a única vertente do samba conhecida por esses grupos, que fazem do gênero, tão rico em variações que chegou a ser definido por Vinicius de Moraes como "a tristeza que balança", um lastimável pagodão. Não só o rock sai maltratado: o samba também.
Os músicos, não é à toa, têm ensaiad o discurso de defesa para os seus discos. “A gente não considera o que faz um tipo de samba. E não estamos tirando onda das músicas, estamos tocando a nossa cultura em cima da cultura deles. Mas a crítica vem por todos os lados. Sempre vai haver puristas”, diz Daniel San, do Sambô.
 
Por mais que o mercado esteja agora inundado de releituras sambadas, a mistura não é nova. Nos anos 1970, muitos grupos faziam esse mix, como lembra Claudio Marçal, do Rio Samba ‘n’ Roll. “Sérgio Mendes já tocava Beatles em ritmo de bossa nova nos anos 1960, os Novos Baianos nos anos 70 também eram adeptos de misturar uma guitarra a la Jimi Hendrix com choro e samba, e tudo isso só mostra que a música no século XXI está sempre aberta às possibilidades”, diz. A diferença, falta dizer, é que Mendes e Moraes Moreira e companhia faziam uma mistura, por assim dizer, mais fina.

Justiça seja feita, a maioria dessas bandas parece fazer melhor quando foca só no samba, deixando as invencionices de lado. “Temos consciência de que entramos no mercado por uma porta lateral, mas temos esperança de que aos poucos possamos mostrar nosso trabalho autoral”, diz Daniel San. “Não sei se todo mundo vai gostar. Acredito que não, mas vamos ver.” Vamos ver. 

Samba-rock -- ou rock-samba

1 de 6

Sambô

Formado em 2006 em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, o grupo tem um vocalista capaz de reproduzir de maneira hilária timbres de diferentes cantores, de Alcione, a Marrom, à roqueira Janis Joplin. O repertório é uma mistureba: tem desde samba de raiz e MPB, que o grupo faz até direitinho, como no caso de É Preciso Muito Amor (de Noca da Portela) e Fato Consumado (de Djavan). Mas o que os tornou famosos foi a releitura de clássicos do rock e do pop, tanto nacional como internacional, com roupagem sambada. Entram na lista músicas como Sunday Bloody Sunday, do U2 -- cujo conteúdo político, sobre um massacre de civis pelo Exército britânico ocorrido na Irlanda, é sacudido por um sambão de quebrar as cadeiras --, e Rock and Roll, do Led Zeppelin, que mais parece uma brincadeira da banda Massacration, dos humoristas Hermes e Renato. Neste ano, a banda emplacou uma versão de Toda Forma de Amor na abertura da novela das sete da Globo Sangue Bom.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Enquanto isso, na Primavera dos Museus de Paris...

Pop art, romantismo sombrio e luz brasileira em Paris
  • Primavera tem exposições para todos os gostos em museus da capital francesa
FERNANDO EICHENBERG
Atualizado:

Um dos quadros de Keith Haring em mostra do MAM
Foto: Divulgação / Keith Haring Foundation
Um dos quadros de Keith Haring em mostra do MAM Divulgação / Keith Haring Foundation
PARIS - Entre as grandes exposições da primavera parisiense, há opções para diferentes gostos. O Museu de Arte Moderna (mam.paris.fr) apresenta até 18 de agosto uma retrospectiva da obra do artista americano Keith Haring (1958-1990). “The political line” exibe cerca de 250 de seus trabalhos, sublinhando o aspecto político de um dos mais celebrados nomes da arte urbana, morto aos 31 anos, e que sonhava com uma “arte para todos”. Em complemento, o espaço 104 (104.fr) expõe as obras de grande formato de Haring, principalmente “Os dez mandamentos”, de 1985. O Museu d’Orsay (musee-orsay.fr) tem até 9 de junho a exposição de 200 telas em torno do romantismo sombrio, do século XVIII até a época moderna. Em “L’ange du bizarre”, monstros, vampiros, bruxas e demônios povoam obras de Goya, Delacroix, Füssli, Max Ernst, Paul Klee ou Salvador Dalí. O bônus fica por conta de trechos de obras-primas do cinema dirigidas por F. W. Murnau, Fritz Lang ou Luis Buñuel. Já o Palais des Beaux-arts faz as honras, a partir de hoje, ao brasileiro Glauco Rodrigues (1929-2004). A mostra integra a exposição maior batizada de “L’ange de l’histoire”, aberta até 7 de julho (www.ensba.fr). “Ninguém, como o Glauco, pintava a luz brasileira, o modo como ela fica difusa e branca na praia, a alta definição que proporciona às cenas da nossa loucura, ou ilumina os contornos de mulheres e frutas”, escreveu certa vez o escritor Luis Fernando Verissimo, um admirador da obra do artista.
Para quem quiser mergulhar no universo onírico do escritor Boris Vian e do cineasta Michel Gondry, basta entrar em uma sala de cinema da cidade que esteja projetando “A espuma dos dias”, romance de Vian adaptado para a grande tela por Gondry, ou no Museu de Letras e Manuscritos. O local dedica até 31 de agosto um generoso espaço ao livro cult de autoria de Boris Vian (1920-1959), e também revela vários dos objetos criados por Michel Gondry para a sua versão cinematográfica (museedeslettres.fr). E sem esquecer das esculturas hiper-realistas do artista australiano Ron Mueck, na Fondation Cartier, até 29 de setembro (fondation.cartier.com).
Violoncelo e canção fancesa
Com seu violoncelo e uma afinada voz de menina, a brasileira radicada em Paris Dom La Nena — nome artístico de Dominique Pinto — de 23 anos, conquistou a crítica especializada francesa e americana com seu primeiro álbum de composições próprias, “Ela” (domlanena.com). No dia 29 de maio, para quem estiver em Paris, vale conferir suas canções em seu show no Café de La Danse (cafedeladanse.com).
E o “Le Hall”, instalado no Parc de la Vilette — entre a Grande halle e o canal Ourcq, é um local exclusivamente dedicado ao repertório de artistas da chanson française, um patrimônio musical do país. A ideia é também mostrar o lado B de personagens célebres, por meio de representações inéditas. A programação deste ano homenageia Édith Piaf, Jean Cocteau — mortos há 50 anos, em 1963 — e Léo Ferré, falecido em 1993. Também estão previstos espetáculos com chansonsdo século XVIII e do tempo da Primeira Guerra Mundial. (lehall.com)
Surpresa à mesa
A antiga La Taverne du Sergent Recruteur, tradicional endereço da Île de Saint-Louis, encolheu o nome para Le Sergent Recruteur (lesergentrecruteur.fr). Mas não é só isso. O local foi redesenhado e redecorado pelo festejado designer espanhol Jaime Hayon e renovou cardápio, já distinguido com uma estrela na mais recente edição do guia gastronômico “Michelin”. No comando está o chef Antonin Bonnet, formado na cozinha de Michel Bras. Com menus entre € 65 e € 145, o restaurante tem sido apontado como uma das melhores surpresas entre as novas mesas parisienses. E, no coração do bairro Marais (Rue Pavée 4), o chef pâtissier Christophe Adam, ex-Fauchon, abriu uma confeitaria especializada em l’éclairs, a famosa bomba de chocolate e de outros sabores, um dos doces favoritos dos franceses. No L’Éclair de génie (leclairdegenie.com) também fazem sucesso as trufas de chocolate.
Brunch no albergue
Nas proximidades da Praça da Bastilha, o hotel Auberge Flora tem sido considerado boa opção de hospedagem em Paris, com 21 quartos de decoração contemporânea, em seis diferentes categorias. Quem não quiser pernoitar pode escolher o menu de tapas da chef Flora Mikula, com direito a brunch no fim de semana (aubergeflora.fr).
http://oglobo.globo.com/boa-viagem/pop-art-romantismo-sombrio-luz-brasileira-em-paris-8241961#ixzz2RuyvK0dm 
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