quinta-feira, 16 de junho de 2011

Estudo encontra mais de 700 traumatismos cranianos em 'Asterix'

História em quadrinhos francesa foi tema de pesquisa científica.

Pesquisadores fizeram estatísticas sobre lesões nos 34 livros da série.

Do G1, em São Paulo

A violência das histórias em quadrinhos de “Asterix, o Gaulês”, virou tema de uma pesquisa científica na Alemanha. A equipe do neurocirurgião Marcel Alexander Kamp, da Universidade Heinrich Heine, de Düsseldorf, estudou os fatores de risco de traumatismo craniano nos livros da série, e publicou os resultados num artigo científico na revista especializada “Acta Neurochirurgica”.

Tendo em vista que o traumatismo craniano é uma lesão recorrente na literatura ilustrada, os pesquisadores analisaram os 34 episódios já publicados de “Asterix”. Foi analisado o status neurológico dos personagens, em busca de traços desse tipo de lesão na cabeça.

Ao todo, foram identificados 704 casos de traumatismo craniano. Adultos do sexo masculino constituem a maior parte das vítimas, e em 98,8% das vezes a lesão foi causada por agressão física. Os romanos são o grupo com maior número de traumatismos – 63,9% do total. Em 90% das vezes, a lesão foi causada por gauleses e, em 83% das vezes, o agressor estava sob efeito da poção mágica.

Em mais da metade dos casos, o trauma foi considerado grave. No entanto, apesar da perda momentânea de consciência, ninguém morreu ou teve danos neurológicos permanentes.

Criada pelos franceses René Goscinny e Albert Uderzo, “Asterix” é uma série de humor que narra as aventuras de uma tribo da Gália (atual França) que resiste ao domínio do Império Romano – em seu auge – graças a uma poção mágica que dá força extra a seus guerreiros.

Asterix em batalha com soldados romanos (Foto: Reprodução/Editora Record)Asterix em batalha com soldados romanos (Foto: Reprodução/Editora Record)

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